CIA STRAVAGANZA

À luz das velas, muitos esclarecimentos.

No segundo encontro da Stravaganza a ideia era cada um trazer um texto que falasse sobre teatro de grupo e/ou processos colaborativos.
Pessoalmente, não foi nenhuma surpresa que os nomes citados em textos ou exemplos fossem o de Ariane Mnouchkine, o Teatro da Vertigem com seu queridíssimo Antônio Araújo, a Cia. dos Atores e Cesar Vieira com seu grande União e Olho Vivo nos mostrando caminhos.
Falamos do papel do texto pronto em um processo feito a muitas mãos.
É uma vantagem? Ou não?
Falamos da importância de termos um espaço permanente de ensaios, pesquisas, discussões.
De contarmos com um acervo de objetos, figurinos, luz, cenário que nos impulsiona a sempre procurarmos mais opções, mais possibilidades, mais inspiração.
Falamos de criação, produção e distribuição.
Da maneira como queremos nos mostrar e ser lembrados, como vamos chegar aonde queremos, como sair de Porto Alegre e levar nossos espetáculos e escolhas para outros públicos.
Mas mais do que tudo, falamos de experiência.
A Adri nos trouxe um texto maravilhoso de Jorge Larrosa Bondía que discute o quanto a verdadeira experiência é cada vez mais rara hoje em dia.
O que se passa não é experiência, o que nos passa é.
Como perceber a diferença?
Como reconhecer uma experiência de fato?
É possível provocá-la? Facilitar que aconteça?
Até que ponto toda a informação que coletamos na vida nos afasta destes momentos chamados por Larrosa de experiência?
Passamos umas boas 2 horas discutindo o que seria experiência ou não.
De Lady Gaga ao Teatro Japonês.
Adivinha se não foi rico?
E ainda rendeu um "tema de casa" pra segunda (hoje), dia do nosso encontro Estremeço.
Cada um deve pensar no relato de uma experiência que teve na vida e que queira compartilhar com o grupo.
Imagino que o microfone vai render horrores.




Bjs, Sofia.